sábado, fevereiro 09, 2013

Oração na Colina de Taizé



Três vezes por dia, tudo para na colina de Taizé: o trabalho, os estudos bíblicos, os intercâmbios. Os sinos chamam à igreja para rezar. Centenas, por vezes milhares de jovens de países muito diversos através do mundo, rezam e cantam com os irmãos da Comunidade. A Bíblia é lida em várias línguas. No centro de cada oração comunitária, um longo tempo de silêncio é um momento único de encontro com Deus.

Silêncio e oração

Se nos deixarmos guiar pelo mais antigo livro de oração, os Salmos bíblicos, nós encontramos aí duas formas principais de oração: por um lado o lamento e o pedido de socorro, por outro o agradecimento e o louvor. De forma mais oculta, há um terceiro tipo de oração, sem súplicas nem louvor explícito. O Salmo 131, por exemplo, não é senão calma e confiança: «Estou sossegado e tranquilo… Espera no Senhor, desde agora e para sempre!»

Por vezes a oração cala-se, pois uma comunhão tranquila com Deus pode abster-se de palavras. «Estou sossegado e tranquilo, como uma criança saciada ao colo da mãe; a minha alma é como uma criança saciada.» Como uma criança saciada que parou de gritar, junto da sua mãe, assim pode estar a minha alma na presença de Deus. Então a oração não precisa de palavras, nem mesmo de reflexões.
Como chegar ao silêncio interior? Por vezes calamo-nos, mas, por dentro, discutimos muito, confrontando-nos com interlocutores imaginários ou lutando conosco mesmos. Manter a sua alma em paz pressupõe uma espécie de simplicidade: «Já não corro atrás de grandezas, ou de coisas fora do meu alcance.» Fazer silêncio é reconhecer que as minhas inquietações não têm muito poder. Fazer silêncio é confiar a Deus o que está fora do meu alcance e das minhas capacidades. Um momento de silêncio, mesmo muito breve, é como um repouso sabático, uma santa pausa, uma trégua da inquietação.

A agitação dos nossos pensamentos pode ser comparada com a tempestade que sacudiu o barco dos discípulos, no Mar da Galileia, enquanto Jesus dormia. Também nos acontece estarmos perdidos, angustiados, incapazes de nos apaziguarmos a nós mesmos. Mas Cristo também é capaz de vir em nosso auxílio. Da mesma forma que falou imperiosamente ao vento e ao mar e que «se fez grande calma», ele pode igualmente acalmar o nosso coração quando está agitado pelo medo e pelas inquietações (Marcos 4).

Fazendo silêncio, pomos a nossa esperança em Deus. Um salmo sugere que o silêncio é mesmo uma forma de louvor. Nós lemos habitualmente o primeiro verso do Salmo 65: « A ti, ó Deus, é devido o louvor ». Esta tradução segue a versão grega, mas na verdade o texto hebreu diz: «Para Vós, ó Deus, o silêncio é louvor». Quando cessam as palavras e os pensamentos, Deus é louvado no enlevo silencioso e na admiração.

A Palavra de Deus: trovão e silêncio

No Sinai, Deus falou a Moisés e aos Israelitas. Trovões, relâmpagos e um som de trompa cada vez mais forte, precediam e acompanhavam a Palavra de Deus (Êxodo 19). Séculos mais tarde, o profeta Elias volta à mesma montanha de Deus. Ali revive a experiência dos seus antepassados: tempestade, tremores de terra e fogo, e ele prontifica-se a escutar Deus falando-lhe no trovão. Mas o Senhor não está nos fenómenos tradicionais do seu poder. Quando o grande barulho pára, Elias ouve «o murmúrio de uma brisa suava», e então Deus fala-lhe (1 Reis 19).
Deus fala com voz forte ou numa brisa de silêncio? Temos de tomar como modelo o povo reunido ao pé do Sinai ou o profeta Elias? Provavelmente isto é uma falsa alternativa. Os fenómenos terríveis que acompanham o dom dos dez mandamentos sublinham a sua importância. Guardar os mandamentos ou rejeitá-los é uma questão de vida ou de morte. Quem vê uma criança correr em direção a um carro que passa, tem muitas razões para gritar tão alto quanto consiga. Em situações análogas, os profetas anunciaram a palavra de Deus de forma a fazer zumbir as orelhas.

Palavras ditas com voz  forte fazem-se ouvir, impressionam. Mas sabemos bem que elas quase não tocam os corações. Em lugar de acolhimento, elas encontram resistência. A experiência de Elias mostra que Deus não quer impressionar, mas ser compreendido e acolhido. Deus escolheu «o murmúrio de uma brisa suave» para falar. É um paradoxo:

Deus é silencioso e no entanto fala

Quando a palavra de Deus se faz «o murmúrio de uma brisa suave», ela é mais eficaz do que nunca para transformar os nossos corações. A tempestade do monte Sinai abria fendas nos rochedos, mas a palavra silenciosa de Deus é capaz de quebrar os corações de pedra. Para o próprio Elias, o silêncio súbito era provavelmente mais temível do que a tempestade e o trovão. As poderosas manifestações de Deus eram-lhe, em certo sentido, familiares. É o silêncio de Deus que desconcerta, porque é muito diferente de tudo o que Elias conhecia até então.

O silêncio prepara-nos para um novo encontro com Deus. No silêncio, a palavra de Deus pode atingir os recantos escondidos dos nossos corações. No silêncio, ela revela-se «mais penetrante do que uma espada de dois gumes, penetra até à divisão da alma e do corpo» (Hebreus 4,12). Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante de Deus, e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar aquilo de que temos vergonha.

Silêncio e amor

Cristo diz: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei» (João 15,12). Precisamos de silêncio para acolher estas palavras e pô-las em prática. Quando estamos agitados e inquietos, temos tantos argumentos e razões para não perdoar e para não amar facilmente. Mas quando temos «a nossa alma em paz e silêncio», estas razões desaparecem. Talvez por vezes evitemos o silêncio, preferindo-lhe qualquer barulho, palavras ou distrações quaisquer que elas sejam, porque a paz interior é uma questão arriscada: torna-nos vazios e pobres, dissolve a amargura e as revoltas e leva-nos ao dom de nós mesmos. Silenciosos e pobres, os nossos corações são conquistados pelo Espírito Santo, cheios de um amor incondicional. De forma humilde mas certa, o silêncio leva a amar.

Oração do Silêncio



Senhor cala em mim
todas as vozes do mundo...
Porque tudo me fala...
Mesmo aquilo que não vejo
e até desconheço...

Cala em mim, Senhor,
as vozes do orgulho e da soberba,
pecados horrendos que deformam as almas...
Cala em mim as vozes da imaginação fútil
e dos pensamentos vãos...

Cala, Senhor,
as vozes da ilusão e da solidão...
As vozes da impureza e das incertezas
e as outras vozes que não fazem sentido...
Porque só servem às acusações e castigo
para a culpabilidade que é tanta...

Por isso, peço-te, ó Senhor,
do mais profundo silêncio de minha alma...
Fale-me a voz do teu perdão...
que me traz absolvição
e a graça que me refaz...

Fale-me a voz de tua paz...
que pacifica todo o meu ser,
fazendo-me viver
sem confusão alguma...

Por fim, fale em mim, Senhor,
A voz do teu Silêncio Sagrado...
Que é ternura de um Deus apaixonado
Que nos livra da morte e do pecado
Sacrificando-se pela nossa salvação...

Ah! Senhor!
Abre os ouvidos de nossas almas
como abristes o entendimento
dos discípulos de Emaús...
E faz com que vivamos em tal sintonia
com a harmonia do teu Silêncio...
que tenhamos o mesmo entendimento
da Vontade do Pai para a nossa vida,
como tiveste ao carregar
e morrer naquela cruz...

Senhor,
que aprendamos com o Silêncio de Maria,
a tua e nossa Santa Mãe, a silenciar também...
Ela, que Te guardava em seu coração...
Soube acolher com devoção
a vontade silenciosa do Pai...
que por Ti nos deu a Verdadeira Paz...
Definitivamente...

O Slêncio é a Oração


 

Se você for ao templo e sua oração se tornar um desejo, ela jamais será ouvida, pois uma oração só é possível quando o desejo não estiver presente. Um desejo jamais pode se tornar uma oração. Se você pedir algo, você perderá; não estará orando. E Deus sabe quais são suas necessidades.

Havia um santo Sufi, Bayazid, que costumava dizer sempre: "Deus sabe do que preciso, por isso nunca orei — porque é tolice! O que dizer a Ele? Ele já sabe. Se eu digo algo que Ele já sabe, é tolice. Se tento achar algo que Ele não sabe, também é tolice. Como é que você pode pensar uma coisa dessas? Por isso, simplesmente nunca me preocupei. Tudo que preciso, Ele sempre me dá".

Mas, naquela época, ele era muito pobre, faminto, rejeitado na cidade por onde passava. Ninguém estava disposto a lhe dar um abrigo para a noite. E a noite estava escura e ele estava sentado sob uma árvore; fora da cidade era perigoso.

E um discípulo disse: "O que dizer dessa situação? Se Ele sabe que Seu amado Bayazid está em tal apuro — que a cidade o rejeitou, que está com fome e sem comida, sentado sob uma árvore, com animais selvagens à volta, sem poder dormir — de que tipo de Deus você está falando, que sabe de tudo que você necessita?"

Bayazid sorriu e respondeu: "Ele já sabe que é isto o que preciso neste momento. Esta é a minha necessidade! De outra forma, como? — porque eu deveria estar assim? Deus sabe quando você necessita da pobreza", disse Bayazid, "e quando você necessita da riqueza. E Deus sabe quando você precisa jejuar e quando você precisa participar de um banquete. Ele sabe! E esta é minha necessidade neste exato momento".

Você não pode pedir. Se o fizer, não lhe será concedido. No próprio pedir, você prova que não é capaz de recebê-lo.

A oração deveria ser silenciosa. O silêncio é a oração. Quando as palavras chegam, os desejos imediatamente as sucedem — porque as palavras são o veículo do desejo. No silêncio, como você pode desejar? Já tentou? No silêncio você pode desejar alguma coisa?

Como pode desejar, estando em silêncio? A linguagem será necessária, todas as linguagens pertencem ao reino do desejo. Daí a insistência, de todos os que sabem, a respeito de permanecer em silêncio, porque somente quando não há palavras na sua mente é que o desejo cessa; de outro modo, o desejo estará escondido atrás de cada palavra.

Osho, em "Antes que Você Morra"

A Oração do Perdão



Faça esta oração à noite, antes de dormir, para seu inconsciente absorvê-la totalmente.

Atenção: Visualize o rosto da pessoa que você precisa perdoar, ou ser perdoado(a) por ela, e diga cada palavra, do fundo do coração, chamando-o(a) pelo nome.

"Eu perdoo você... por favor, me perdoe...
Você nunca teve culpa...
Eu também nunca tive culpa...
Eu perdoo você... me perdoe, por favor.
A vida nos ensina através das discórdias...
e eu aprendi a lhe amar e a deixá-lo(a) ir de minha mente.

Você precisa viver suas próprias lições e eu também.
Eu perdoo você... me perdoe em nome de Deus.
Agora, vá ser feliz, para que eu seja também.
Que Deus te proteja e perdoe os nossos mundos.
As mágoas desapareceram de meu coração e só há Luz e Paz em minha vida.
Quero você alegre, sorrindo, onde quer que você esteja...
É tão bom soltar, parar de resistir e deixar fluir novos sentimentos!
Eu perdoei você do fundo de minha alma, porque sei que você nunca fez nada por mal e sim porque acreditou que era a melhor maneira de ser feliz...

... me perdoe por ter nutrido ódio e mágoa por tanto tempo em meu coração. Eu não sabia como era bom perdoar e soltar; eu não sabia como era bom deixar ir o que nunca me pertenceu.

Agora sei que só podemos ser felizes quando soltamos as vidas, para que sigam seus próprios sonhos e seus próprios erros.

Não quero mais controlar nada, nem ninguém. Por isso, peço que me perdoe e me solte também, para que seu coração se encha de amor, assim como o meu.

Muito obrigada!"


Mensagem inspirada por Cristina Cairo, num momento de perdão.

O Que é Oração? - Ato de falar com Deus.





Oração é, basicamente, o ato de falar com Deus. É expressar o que vai no coração e passar algum tempo com Deus. Não é uma atividade em que não há interação — Deus fala, nós ouvimos; nós falamos e Deus ouve o que o nosso coração tem a dizer.

A oração pode ser algo estimulante, poderoso e agradável. O enfoque aqui será maior em intercessão, mas o intuito é dar também uma visão geral de outros tipos de oração.

Tipos de oração:
Agradecimento
Petição
Persuasão
Intercessão

Agradecimento – é a oração na qual se agradece a Deus por todas as coisas na sua vida. Devemos dar graças em todas as circunstâncias, agradecendo pela proteção, a provisão, a bênção de Deus e, sobretudo, pelo Seu Filho.

Petição – quando pedimos a Deus aquilo que necessitamos nas nossas vidas: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Dá-nos o que é preciso para sobreviver: um teto sobre as nossas cabeças, um emprego, etc. As petições são, geralmente, em benefício próprio, apresentando ao nosso Pai celeste as nossas necessidades, na certeza de que Ele proverá.


Persuasão – oração insistente e cheia de fervor que é feita até que uma reviravolta aconteça, seja na sua vida pessoal, seja na vida de outra pessoa (intercessão). Exemplo: fé para uma cura emocional ou física.


Exemplo bíblico: Lucas 19:1 a 8 (NVI). Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse consigo mesmo: ‘Embora eu não me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; tomarei providências para que ela receba justiça e não venha me importunar’.” E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não concederá justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele tomará providências para que eles obtenham justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”


Intercessão – é o amor de joelhos, em oração pelos outros. É uma súplica em favor de uma outra pessoa, na qual nos colocamos no lugar, isto é, fazendo orações de confissão, etc., identificando-nos com os pecados daquela pessoa por quem oramos.

Fonte: pesquisas.org.br/oracao/o-que-e-oracao

Oração de Agradecimento.



Senhor meu DEUS e meu Pai eu te Agradeço
por tudo o que tens feito em minha vida:

pela alegria de viver, por minha família,
pelos meus amigos, pelo ar que respiro,
pelos dons que me deste, pelos relacionamentos
que possibilitam que eu cresça a cada dia,
Por tudo.

Obrigado, PAI, pelas oportunidades que me tens dado
de testemunhar o Amor com que amas
a mim e a todas as pessoas.

Obrigado PAI, por Teu perdão e
por dar-me uma vida plena e abundante.

Senhor, a Ti,
que és o Criador de tudo
o que sou e o que possuo,
dedico a minha vida,
clamando para que eu veja e faça
sempre a TUA VONTADE, e que minhas
obras Honrem e Glorifiquem o Teu nome. 
Amém!

O Que é Oração? - Linha direta com o céu.



O Que é Oração?  – Falando com Deus

O que é oração? A oração é a nossa linha direta com o céu. A oração é um processo de comunicação que nos permite falar com Deus! Ele quer que nos comuniquemos com Ele, assim como uma ligação telefônica entre duas pessoas.

Para muitos, a oração parece ser algo complicado, mas é simplesmente falar com Deus. Aqui estão alguns pontos sobre o que a oração é:

O Que é Oração? – As Logísticas

Muitas pessoas querem saber mais sobre a oração porque têm o desejo de orar, mas não sabem como. Considere as dicas a seguir:

O que devo dizer? Orar é como falar com o seu melhor amigo! É fácil falar com alguém quando você sabe que essa pessoa o ama incondicionalmente!

Peça a Jesus que perdoe os seus pecados e faça de você uma nova criatura nEle! “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados“ (Atos 3:19).

Diga a Ele sobre suas necessidades! “...lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós“ (1 Pedro 5:7).

Agradeça a Ele por ter morrido na cruz do Calvário por nós! “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Como posso me expressar? Veja a seguir como aprendi a me aproximar do Salvador da minha vida.

Com confiança e certeza de que Ele vai libertar: “pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele” (Efésios 3:12).

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).

Com alegria por saber que Ele pode libertar. “Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença” (Atos 2:28).

Com a expectativa por saber que Ele vai libertar. “De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando” (Salmo 5:3)

“Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras” (Salmo 17:6).

O Que é Oração? – O que a Bíblia diz?

Ore uns pelos outros. Jesus nos deu um exemplo de como orar. Ele orou por Seus discípulos e por todas as gerações que iriam segui-lo. Sua oração era para que Deus os protegesse e fortalecesse enquanto estivessem neste mundo. Jesus também orou por aqueles que viriam a crer n’Ele através da mensagem do Evangelho (João 17).

Ore com fé. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

Ore com louvor e reverência. “Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés, porque ele é santo!” (Salmo 99:5). “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (João 9:38).

Você pode ter certeza de que Deus o ouve quando você ora, então abra essa linha de comunicação! Ore, sabendo que não importa onde você esteja, a sua conexão com Ele nunca pode cair!

Oração para pedir bondade




Senhor, viemos pedir-te a paz, a sabedoria e a bondade.
Queremos olhar o mundo com os olhos cheios de amor.
Queremos ser pacientes e compassivos.
Queremos ver teus filhos como tu mesmo os vês.
E por isto, queremos ver o bem em todos.
Senhor, fecha nossos olhos a toda maldade.
Guarda a nossa língua de toda calúnia.
Que nossas palavras sejam só de bençãos.
Que sejamos tão bondosos e alegres que todos os que se aproximarem de nós sintam a tua presença.
Reveste-nos de tua beleza Senhor, e que, no decurso deste dia, nós te revelemos a todos os nossos irmãos.
Amém. 

Meditação e Oração



Tanto a meditação quanto a oração são maneiras adotadas para que o ser humano possa acessar os níveis espirituais de sua natureza, criando uma “ponte” que conecte a consciência prisioneira da matéria e seus níveis de transcendentais ligados à Deus, ou à ordem divina do universo, personificada pelos seres de luz, que são os auxiliares divinos ou cooperadores divinos.

A meditação é um processo mais silencioso e introspectivo, enquanto a oração é uma forma verbal de invocação ou de evocação.

Poderíamos afirmar que, na oração, o homem “fala com Deus”, enquanto na meditação, ele fica em silêncio, “escutando a voz de Deus”.

Nas religiões ocidentais, é mais difícil a prática da meditação, porque se imagina que Deus está “do lado de fora”. Para o sucesso da meditação, é necessário haver uma convicção prévia de que existe um princípio divino latente em nosso interior e que este princípio divino (atmã) pode ser sentido, acessado e conectado se a mente estiver em silêncio absoluto.

Essa possibilidade é estranha nas religiões ocidentais. Por isso, sempre que se fala em meditação na visão ocidental, está-se referindo ao processo de Reflexão e não ao de meditação, propriamente dita

Há muitos e diferentes conceitos e definições de meditação. Poderíamos apresentar como sugestão a que publicamos em nosso livro anterior, Lampejos*: Meditar é algo de uma simplicidade tão óbvia, que foge ao alcance de nossa mente complicada e fragmentada. Consiste simplesmente em afastar da mente aquilo que não é, para que no vácuo criado pelo silêncio daquilo que não é, possa aflorar aquilo que é.

Embora a meditação seja um processo aparentemente simples, não é fácil se chegar a esse “simples” devido à própria natureza da mente, cheia de ruídos, contradições, conflitos e inquietudes.

O grande desafio da meditação é como colocar a mente em silêncio, sem forçar a mente ao silêncio. O silêncio forçado nunca leva à meditação, porque é uma forma de controle violento sobre a substância mental. Por isso, a meditação usa artifícios para estabilizar as fases iniciais de introspecção, como a concentração em observar a respiração, imagens, símbolos, idéias universais, gurus etc. Isso é utilizado porque é mais fácil concentrar (dharana) a mente em um único objeto, antes de mergulhá-la no estado de abstração (pratyahara).

Quanto à oração, sua eficácia depende do grau de sinceridade, intencionalidade e impessoalidade envolvidas na prece.

Há diversos níveis de meditação, conforme os estados de espírito do emissor da prece.

As orações podem ser divididas em quatro níveis, do mais baixo ao mais elevado.

O nível mais baixo é oração Suplicante, em que o emissor da prece se coloca na posição de pedinte, usando a oração como uma solicitação para atendimento de suas necessidades.

Este tipo de oração não seria recomendável, se o ser humano vivesse em melhores condições de existência, sem tanto sofrimento, miséria e carência.
Até mesmo as grandes orações ensinadas por mestres iluminados admitem a oração suplicante, como no caso de “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”, ou “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte”. Com a existência humana frágil, sujeita às faltas de elementos básicos de subsistência, de proteção, de afeto e repleta de incertezas e angústias, torna-se normal, justo e razoável que o homem faça seus pedidos às forças espirituais, de modo a preencher sua vida de significado e garantir sua subsistência.

Existem, porém, níveis mais elevados de oração. Entre esses, podem-se citar as orações de Agradecimento, de Louvor e de Identificação.

Na oração de agradecimento, o emissor sai da posição de pedinte e carente e agradece a Deus o que tem, o fato de estar vivo e a sua participação no maravilhoso teatro da manifestação universal.

Neste tipo de oração, existe uma confiança intrínseca nas leis da vida. Mesmo que haja sofrimento, pobreza e morte, o emissor da prece sabe que tudo isso são apenas condições fugazes e momentâneas de sua existência e que todas essas condições são transitórias e fugazes diante da grandeza da vida imortal. Essa atitude de confiança fortalece enormemente o espírito, que recebe um influxo de força em consequência de sua atitude de confiança.

A oração de louvor é ainda mais elevada, porque, nesse tipo de oração, o emissor retira o foco de seu próprio eu e coloca esse foco na glória divina. Nesse tipo de oração, torna-se secundário o que “temos” ou o que “não temos”. O que importa é a grandeza de Deus em sua manifestação, em sua glória e em seu esplendor. O maior grau de impessoalidade desse tipo de oração abre mais ainda o canal, estabelecendo uma mais profunda e estável conexão com a fonte.

O quarto tipo citado, oração de identificação, vai ainda mais longe. É a resposta da alma diante da presença divina. Pode ser traduzida pela sentença de Tomé ao tomar conhecimento da presença divina manifestada em Jesus ressuscitado: “Meu senhor e meu Deus”.

Pode ser feita de forma mais complexa e elaborada pela locução dos nomes sagrados de Deus na Cabala hebraica ou no Sufismo islâmico, em que o fiel se embriaga e entra em êxtase com a locução dos nomes sagrados de Deus, em um processo muito semelhante à mantra yoga oriental.

É também a técnica de oração usada pelo movimento Hare Krishna e pelo hinduísmo, na evocação dos princípios divinos do universo: Hari Om Tat Sat Shit Ananda.

Tanto a oração falada quanto a silenciosa são “pontes” criadas para se unir a consciência humana à consciência divina.

MAGALHÃES, L. A.  Lampejos.  Belo Horizonte: Ophicina de Arte & Prosa, 1997.

Senhora do Silêncio




Mãe do Silêncio e da Humildade, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.
Tu és disponibilidade e receptividade.
Tu és fecundidade e plenitude.
Tu és atenção e solicitude pelos irmãos.
Estás revestidas de fortaleza.
Resplandecem em ti a maturidade humana e a elegância espiritual.
És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora.
Em ti não existe dispersão.
Em um ato de simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada com o Senhor. Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti. O Mistério total te envolve e te penetra e te possui, ocupa e entrega todo o teu ser.
Parece que em ti tudo ficou parado, tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço, a palavra, a música, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti, e divinizado.
Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora. Entretanto, teu silêncio não é a ausência, mas presença. Estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação nunca é tão profunda como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloquente como quando nada se comunica.
Faze-nos compreender que o silêncio não é desinteressante pelos irmãos, mas fonte de energia e de irradiação, não é encolhimento mas projeção. Faz-nos compreender que, para derramar, é preciso preencher-se. Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faze-nos compreender que o apostolado, sem silêncio, é alienação, e que o silêncio, sem apostolado, é comodidade.
Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua fé, a altura de tua Esperança e a profundidade de teu Amor.
Fica com os que ficam e vem com os que partem. Ó Mãe Admirável do Silêncio!
Amém.
Ignacio Larratarre

Rezar e orar




   
O verbo rezar vem do latim recitare (que significa "recitar", como "recitar uma oração" ou "recitar uma súplica"), enquanto orar vem do latim orare (que significa simplesmente "falar", - um orador é aquele que fala a todos.

Apesar dessas diferenças em suas origens, rezar e orar tomaram o mesmo significado com o passar do tempo. Em inglês, por exemplo, o verbo to pray é usada para as duas coisas, orar e rezar. Em italiano, usa-se pregare que significa suplicar.