" A oração começa num coração inquieto. Escute suas batidas... Que sua oração seja breve. O amor não pede muitas palavras. Não se preocupe com palavras e fórmulas. Orar é falar, assim como meditar é ouvir Deus. Abrace o mundo inteiro com a sua oração. A paz depende disso! "
segunda-feira, março 25, 2013
Pai Nosso
“De um ponto de vista antropológico,
esta prece nos revela que o fundo de nosso ser é relação, tanto vertical, com a
Fonte de nosso ser, quanto horizontal, com nossos irmãos e irmãs. O encontro
dessas duas linhas, dessas duas palavras – “Pai” e “Nosso” – forma uma cruz que
simboliza a união da imanência com a transcendência. Recitar o Pai-Nosso é
estar nesse ponto de encontro entre o humano e o divino, entre o Todo Nosso e o
Todo Outro.”
Jean Yves-Leloup, no Livro das
Bem-aventuranças e do Pai-Nosso
Sobre a Maneira de Rezar
Os preceitos evangélicos não são outra coisa, Irmãos Caríssimos, senão os
ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, provações para
robustecer a fé, alimento para nutrir a alma, leme para dirigir a navegação,
presídio para a salvação. Ao mesmo tempo que iluminam os crentes dóceis sobre a
terra, guiam-nos até aos reinos celestes.
1. Deus quis que muitos ensinamentos nos fossem dados por
meio dos Profetas, Seus Servos. Mas quão superiores são as palavras do Seu
Filho, aquelas palavras que o Verbo de Deus, já ressonante nos Profetas, atesta
com a Sua viva voz. Já não é alguém que vem aplanar os caminhos d'Aquele que há
de vir, mas Aquele que veio e nos abre e mostra o caminho. Deste modo os que,
antes, incautos e cegos cambaleavam nas trevas da morte, iluminados agora pela
luz da graça, podem seguir na vida sob a guia e o governo de Cristo.
2. Entre outros conselhos salutares e ensinamentos divinos
com os quais provê à salvação do Seu povo, Cristo deu também a norma da oração,
e Ele mesmo nos mostrou e ensinou como devemos rezar. Aquele que nos deu a
vida, ensinou-nos a pedir, com a mesma benevolência com que Se dignou dar-nos
os outros bens. Assim rezando ao Pai com a oração do Filho, somos mais
facilmente ouvidos.
Já antes tinha anunciado o dia em que os verdadeiros adoradores aprenderiam a adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo. 4, 23), mas agora cumpre a promessa e faz de nós, santificados pelo espírito de verdade, verdadeiros e espirituais adoradores, conformes ao Seu ensinamento.
Já antes tinha anunciado o dia em que os verdadeiros adoradores aprenderiam a adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo. 4, 23), mas agora cumpre a promessa e faz de nós, santificados pelo espírito de verdade, verdadeiros e espirituais adoradores, conformes ao Seu ensinamento.
Que oração haverá mais espiritual do que aquela que nos ensinou Cristo, o qual enviou sobre nós o Espírito de Verdade? Que oração será mais verdadeira do que aquela que saiu dos lábios de Quem é a verdade?
Portanto, rezar de outra maneira diferente da que Cristo nos
ensinou, não só é um ato de ignorância, mas uma culpa, pois Ele mesmo disse:
“Vós rejeitastes o mandamento de Deus para acreditar na vossa doutrina”
(Mc.7,8).
3. Seja a nossa oração a que o nosso Mestre nos ensinou. É
cara e familiar a Deus a oração composta pelo Seu mesmo Filho. Assim, quando
rezamos, o Pai reconhece as palavras do Filho.
Aquele que é hóspede do nosso coração esteja também nos
nossos lábios. Se Cristo está junto do Pai como advogado para os nossos
pecados, nós pecadores devemos rogar o perdão dos pecados com as mesmas
palavras do Advogado. De fato, se Ele nos prometeu obter tudo o que pedirmos ao
Pai em Seu Nome (Jo. 16, 23), quanto mais eficazmente obteremos o que pedimos
em Nome de Cristo se o pedimos com a Sua mesma oração?
4. Os que rezam, tenham devoção à doçura das palavras.
Pensemos estar na presença de Deus e por isso devemos ser aceites aos Seus
olhos pela atitude do corpo e pela maneira como rezamos. Como é imprudente quem
pede sem piedade, assim a oração convém que seja em tom respeitoso e submisso.
O Senhor ensinou-nos a rezar no silêncio e nos lugares escondidos das nossas
casas. Esta atitude é mais adequada à nossa fé para que saibamos e jamais
olvidemos que Deus está em toda a parte, vê tudo e atende a todos, enche com a
plenitude da Sua majestade os lugares mais recônditos.
Está escrito: “Não sou Eu o Deus do alto e o Deus que está a
teu lado? Se o homem se esconde, deixo acaso de o ver? Não sou Eu que encho o
céu e a terra?” (Jr. 23, 23-24). “Em todo o lugar os olhos de Deus observam os
bons e os maus” (Pv. 15,3). E quando nos juntamos aos outros irmãos para
celebrar com o Sacerdote o Sacrifício divino, devemos recordar-nos de ser
devotos e disciplinados na oração e não espalhá-la ao vento numa seqüência de
palavras, nem dirigi-Ia a Deus precipitadamente, mas sim com propósitos. Deus
não escuta a voz, mas o coração. Deus, que perscruta os pensamentos humanos,
não quer ser rogado com gritos. Diz assim o Mestre: “Que andais vós a ruminar
nos vossos corações” (Lc. 5, 22) e ainda: “Todas as Igrejas saibam que Eu
perscruto os rins e os corações” (Ap. 2, 23).
5. Já nos mostra isto o primeiro Livro dos Reis com o
exemplo de Ana, figura da Igreja. Ana rezava ao Senhor não com palavras
clamorosas mas na humildade e no silêncio com o seu coração. A sua oração era
oculta, mas era manifesta a sua fé. Falava com o coração e não com a boca,
porque só assim era ouvida por Deus. Por isso obteve o que pediu, porque rezou
com fé, como atesta a Sagrada Escritura: “Falava no seu coração. Os seus lábios
moviam-se, mas não se percebia a sua voz. E Deus escutou-a” (1 Re. 1, 13). O
mesmo se lê nos Salmos (5, 5): “Pensai no silêncio dos vossos quartos”.
Jeremias põe na boca de Deus estas palavras: “Encontrar-Me-eis se Me
procurardes com todo o coração” (Jr. 24, 13).
6. Quando rezarmos não esqueçamos o publicano no templo, que
não ousava levantar os olhos ao céu nem se atrevia a elevar as mãos, mas batia
no peito em sinal de detestação dos seus pecados, e assim pedia a ajuda da
misericórdia divina. Enquanto o fariseu se comprazia a si mesmo, o publicano,
com a sua oração, mereceu ser santificado mais, visto que colocou a esperança
da sua salvação não na sua inocência - pois ninguém é inocente - mas na humilde
confissão dos seus pecados. E, Aquele que do Céu perdoa os humildes, ouviu a
sua oração, como se lê na parábola evangélica que se segue: «Dois homens
subiram ao templo para rezar; um era fariseu, o outro era publicano. O fariseu,
de pé, rezava assim: “Eu Te dou graças, ó Deus, porque não sou como os outros
homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem tão pouco sou como aquele publicano.
Eu jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus bens”. O
publicano, ao contrário, lá longe, nem se atrevia a erguer os olhos ao céu, mas
batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. Pois Eu
vos digo que este voltou justificado para sua casa. Não aconteceu o mesmo com o
outro, pois quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Lc.
18, 10-14).
Também os Apóstolos, com todos os discípulos, rezavam assim
depois da Ascensão do Senhor: «Perseveravam todos unanimemente na oração, com
as mulheres e com Maria, Mãe de Jesus, e com os Seus irmãos» (At. 1, 14).
Perseveravam concordemente na oração e assim demonstravam, com a assiduidade e
unanimidade da sua oração, que Deus «faz habitar sob o mesmo teto todos os que
estão de acordo» (Sl. 57, 7) e não admite à Sua divina e eterna habitação senão
aqueles cuja oração é comum e unânime.
São Cipriano, Bispo de Cartago (+258)
Oração da Criança
Querido Deus,
gosto muito de você,
gosto do Papai, da Mamãe,
dos meus parentes e de
todos os meus amigos.
Deus, obrigado pelos brinquedos,
pela escola, pelas flores,
pelos animais e por todas as coisas
boas e bonitas que você fez.
Quero que todas as crianças
conheçam e gostem de você.
Obrigado Deus, você é muito bom.
Silêncio e Oração
A tradição
espiritual e ascética sempre reconheceu a essencialidade do silêncio para um
verdadeiro caminho espiritual e de oração. “A oração tem como pai o silêncio e
como mãe a solidão”, disse um grande homem espiritual. Só o silêncio, de fato,
torna possível a escuta, isto é, o acolhimento em si não só da Palavra, mas
também da presença daquele que fala. Assim, o silêncio abre o cristão à
experiência da inabitação de Deus: o Deus que procuramos seguindo na fé Cristo
ressuscitado, é o Deus que não é estranho a nós mas habita em nós. Diz Jesus no
quarto Evangelho: “Se alguém me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o
meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada” (Jo 14,23). O
silêncio é linguagem de amor, de profundidade, de presença do outro.
Infelizmente, hoje o silêncio é raro, é a coisa que mais
falta ao homem moderno, assoberbado por murmúrios, bombardeado por mensagens
sonoras e visuais, derrubado da sua interioridade, quase caído longe dela.
É preciso confessar: temos necessidade do silêncio! Temos
necessidade dele de um ponto de vista puramente antropológico, porque o homem,
que é um ser de relação, comunica de modo equilibrado e significativo apenas
graças à relação harmónica entre palavra e silêncio. Contudo, temos necessidade
de silêncio também do ponto de vista espiritual, como alimento primário da
nossa oração e da vida interior. Para o cristianismo o silêncio é uma dimensão
não apenas antropológica, mas teológica: sozinho no monte Horeb, o profeta
Elias ouviu primeiro um vento impetuoso, depois um terremoto, em seguida um
fogo e por fim o “murmúrio de uma brisa suave” (1 Re 19,12). Ao ouvir esta
última, Elias cobriu o rosto com um manto e colocou-se na presença de Deus.
Deus torna-se presente a Elias no silêncio, um silêncio eloquente. A revelação
do Deus bíblico não passa só pela palavra, mas acontece também no silêncio.
Inácio de Antioquia diz que Cristo é “a Palavra que procede
do silêncio”. O Deus que se revela no silêncio e na palavra exige a escuta do
homem e para a escuta é essencial o silêncio. Não se trata, por certo, de
abster-se simplesmente de falar, mas do silêncio interior, aquela dimensão que
nos devolve a nós próprios, que nos coloca sobre o plano do ser, diante do
essencial. “No silêncio está inserido um maravilhoso poder de observação, de
clarificação, de concentração sobre as coisas essenciais” (Dietrich
Bonhoeffer). É do silêncio que pode nascer uma palavra aguda, penetrante,
comunicativa, sensata, luminosa, ousaria mesmo dizer terapêutica, capaz de
consolar. O silêncio é o guardião da interioridade.
É verdade que se trata de um silêncio definido tão
negativamente como sobriedade e disciplina no falar, até chegar à abstenção das
palavras, mas que passa deste primeiro momento para uma dimensão interior, isto
é, o fazer calar os pensamentos, as imagens, as revoltas, os juízos, os
murmúrios que nascem no coração.
De fato, é “do interior do coração dos homens que saem os
maus pensamentos” (Mc 7,21). É difícil o silêncio interior, aquele que se joga
no coração, lugar de luta espiritual, mas este silêncio profundo gera caridade,
atenção, acolhimento, empatia diante do outro.
Sim, o silêncio escava no mais profundo de nós um espaço
para fazer habitar o Outro, para deixar permanecer na sua Palavra, para radicar
em nós o amor pelo Senhor; ao mesmo tempo, em ligação a isto, dispõe-nos à
escuta inteligente, à palavra medida, ao discernimento do coração do outro,
daquilo que o queima no seu íntimo e que está encerrado no silêncio do qual
nascem as suas palavras. O silêncio, então aquele silêncio, suscita em nós a
caridade, o amor pelo irmão e, por consequência, a capacidade de intercessão,
de oração pelo outro, bem como a ação de graças pelo encontro que aconteceu.
Assim o duplo mandamento do amor de Deus e do próximo é cumprido por quem sabe
guardar o silêncio. Por isso, Basílio pôde dizer: “O silencioso torna-se fonte
de graça para quem escuta”. Neste ponto, pode repetir-se, sem receio de cair em
mera retórica, a afirmação de E. Rostand: “O silêncio é o canto mais perfeito, a
oração mais alta”. Ao conduzir à escuta de Deus e ao amor pelo irmão, à
caridade autêntica, isto é, à vida em Cristo (e não a um vazio interior
genérico e estéril), o silêncio é oração verdadeiramente cristã e agradável a
Deus. É este o silêncio que chega a nós de uma longa história espiritual, é o
silêncio procurado e praticado pelos hesicastas para obter a unificação do
coração, é o silêncio da tradição monástica finalizado no acolhimento em si da
palavra de Deus, é o silêncio da oração de adoração da presença de Deus, é o
silêncio caro aos místicos de qualquer tradição religiosa e, acima de tudo, é o
silêncio do qual é rica a linguagem poética, é o silêncio que constitui a
própria matéria da música, é o silêncio essencial a qualquer ato comunicativo.
O silêncio, acontecimento de profundidade e de unificação,
torna eloquente o corpo, conduzindo-nos a habitar o nosso corpo, a habitar a
nossa vida interior, guiando-nos ao habitare secum tão precioso para a tradição
monástica. O corpo habitado pelo silêncio torna-se revelação da pessoa. O
cristianismo contempla Jesus como Palavra feita carne, mas também como silêncio
de Deus: os evangelhos mostram um Jesus que, quanto mais se adentra na paixão,
cada vez mais se cala, entra no silêncio, como cordeiro sem voz, como aquele
que, conhecendo a verdade, sabendo o indizível fundo da realidade, não pode nem
quer trair o inefável com a palavra, mas guarda-o com o silêncio. Jesus que
“não abre a sua boca” mostra o silêncio como aquilo que é verdadeiramente
forte, faz do seu silêncio um ato, uma ação. E precisamente por isso poderá
fazer também da sua morte um ato, um gesto de um vivente, para que seja claro
que por trás da palavra e do silêncio, aquilo que é verdadeiramente salvífico é
o amor que vivifica um e outro.
FONTE:
Fr. Enzo Bianchi
Prior da
Comunidade Monástica de Bose - Itália
Regra para a Oração
De São Teófano, o
Recluso
Regra para a
oração, para quem está no caminho de uma vida para servir à Deus:
1. «Memorizar o
Salmos»;
2. «Substituir as
preces longas pelas curtas»;
3. «O rosário de
oração.»
Você pergunta sobre uma
regra de oração. Sim, é bom ter uma regra de oração devido à nossa fraqueza
para que, por um lado, não nos rendamos à nossa preguiça, e por outro,
limitemos nosso entusiasmo à sua medida adequada. Os maiores praticantes de
oração seguiam uma regra de oração. Eles sempre começavam com preces já
existentes e se, durante o curso das mesmas, uma prece se sobressaísse, eles
deixariam de lado as outras e rezariam tal oração [a da prece que se
sobressaiu]. Se isto é o que os grandes praticantes faziam, há todas as razões
para que o façamos também. Sem preces estabelecidas, nós não saberíamos rezar,
absolutamente. Sem elas, seríamos deixados inteiramente sem preces.
Contudo, as
pessoas não têm que fazer muitas preces. É melhor fazer um número menor,
corretamente, do que apressar-se e fazer muitas, porque é difícil manter o
calor do zelo quando são feitas em excesso.
Eu consideraria
as preces matinais e noturnas inteiramente suficientes. Apenas tente, cada vez,
conduzi-las com plena atenção e sentimentos que correspondam.
Para obter
melhores resultados, dedique um pouco do seu tempo lendo as preces
separadamente. Pense sobre elas e sinta-as para que, ao recitá-las na sua regra
de oração, você perceba quais os pensamentos e sentimentos sagrados estão
contidos nelas. A oração não significa, apenas, que as recitemos, mas que
assimilemos seu conteúdo e as pronunciemos, como se saíssem de nossas mentes e
corações.
Após ter
analisado e sentido as preces, procure memorizá-las. Então, você não terá que manusear
seu livro [de orações] e a luz [necessária à leitura] quando for a hora de
rezar; tampouco você se distrairá por qualquer coisa que veja enquanto reza,
podendo, mais facilmente, manter uma súplica mais conscienciosa para com Deus.
Você verá por si o quanto isto ajuda. Manter o livro com você o tempo todo e em
todos os lugares [na mente e no coração] é de grande importância.
Estando assim
preparado, ao realizar a prece, tome cuidado para que sua mente não vagueie nem
se renda à frieza e indiferença, esforçando-se a qualquer custo para manter sua
atenção e para manter o calor do sentimento.
Após recitar as
preces, faça prostrações, quantas quiser, acompanhadas por uma prece para
qualquer necessidade que você sinta, ou usando sua prece curta [sua pequena
prece] de costume. Isto prolongará um pouco seu tempo de prece, mas seu poder
aumentará. Você deve orar um pouco mais, especialmente no final, pedindo perdão
por desvios sem intenção e colocando-se nas mãos de Deus o dia inteiro.
Você também deve
manter uma atenção especial a Deus ao longo do dia. Para isso, como já foi
mencionado mais de uma vez, há uma lembrança de Deus; e para lembrar-se de Deus
há preces curtas. É muito, muito bom memorizar vários salmos, recitando-os
enquanto se está trabalhando ou no intervalo entre tarefas, ao invés de preces
curtas. Este é um dos mais antigos costumes cristãos, mencionado e incluído nas
regras de São Pacômio e Santo Antão.
Depois de passar
o dia desta maneira, você deve rezar mais diligentemente e com mais concentração
à noite. Aumente suas prostrações e pedidos a Deus; depois de se posicionar com
as mãos unidas (no Divino) novamente, vá dormir com a prece curta nos seus
lábios e durma com ela ou recite um salmo.
Que salmos você
deveria memorizar? Memorize os que tocam seu coração ao lê-los. Cada pessoa
encontrará um salmo que gere mais efeito para ela. Comece com "Tem piedade
de mim, meu Deus" (Salmo 51 [50]); então "Bendize o Senhor, ó
minh´alma"(Salmo 103 [102]); e o "Ó minh´alma, louva o Senhor"
(Salmo 146 [145]). Estes dois últimos são os hinos antífonos na Liturgia. Há
também salmos no Cânone para a Comunhão Divina: "O Senhor é meu
pastor" (Salmo 23 [22]); "Ao Senhor, a terra e suas riquezas, o mundo
e seus habitantes" (Salmo 24 [23]); "Eu amo o Senhor, pois Ele ouve a
minha voz suplicante"(Salmo 116 [114-115]); e o primeiro salmo da vigília
noturna, "Ó Deus, vem libertar-me" (Salmo 70 [69]).
Há os Salmos das
horas e os semelhantes. Leia o Livro dos Salmos e selecione.
Após ter
memorizado todos estes, você sempre estará plenamente munido de preces. Quando
algum pensamento perturbador lhe ocorrer, apresse-se em abaixar-se diante do
Senhor, tanto com uma prece curta, quanto com um dos Salmos, especialmente
"oh Senhor, seja atencioso ao ajudar-me", e a nuvem perturbadora irá
se dispersar imediatamente.
Aí está tudo
sobre uma regra para prece. Contudo, mencionarei mais uma vez que você deveria
se lembrar de todas estas ajudas e a coisa mais importante é estar diante de
Deus com a mente e coração, com devoção e prostração sincera a Ele.
Pensei em algo
para lhe dizer! Você pode limitar a regra de oração inteira apenas a
prostrações com preces curtas e preces com suas próprias palavras. Fique em pé
e faça prostrações, dizendo "Senhor, tenha misericórdia", ou qualquer
outra prece, expressando sua necessidade ou louvando e agradecendo a Deus. Você
deveria estabelecer tanto um número de preces quanto um limite de tempo para a
prece, ou ambos, para que você não fique preguiçoso.
Isto é necessário
porque há uma certa peculiaridade incompreensível a nosso respeito. Quando, por
exemplo, saímos para alguma atividade, as horas passam como se fossem minutos.
Quando rezamos, contudo, mal alguns minutos se passaram e parece que estivemos
rezando por um tempo muito longo. Este pensamento não é prejudicial quando
rezamos segundo uma regra estabelecida; mas quando alguém reza, fazendo
prostrações com preces curtas, isto apresenta grande tentação. Isto pode pôr
fim a uma prece que mal começou, deixando a falsa certeza de que ela foi feita
devidamente. Então, os bons praticantes deveriam utilizar rosários de preces
para que não se submetessem a essa auto-decepção. Rosários de preces são
sugeridos para aqueles que desejam rezar usando suas próprias preces, que não
as do livro. Eles são utilizados da seguinte maneira: diga "Senhor Jesus
Cristo, tenha misericórdia de mim, um pecador" , e mova uma conta do
rosário entre seus dedos. Repita a prece novamente e mova uma outra conta, e
assim por diante.
Faça uma
prostração em cada repetição da prece, como preferir, tanto parcial (com a
cintura), como a completa (estendendo-se sobre o chão); ou, para as contas
pequenas, faça a prostração da cintura e, para as maiores, faça a completa no
chão. A regra em tudo isto consiste em ter um número definido de repetições de
preces, com prostrações às quais são adicionadas outra preces, com suas
próprias palavras. Ao decidir o número de prostrações ou preces, estabeleça um
limite de tempo para que você não se engane e não se apresse ao executá-las. Se
você terminar antes do esperado, poderá preencher o tempo fazendo mais
prostrações.
O número de
prostrações que devem ser feitas para cada prece é estabelecida ao final do
livro de Salmos, com seqüências em duas categorias: uma para pessoas diligentes
e outra para os preguiçosos ou ocupados. Os anciães que vivem hoje conosco em
sketes ou kellia especiais, em lugares como Valaam ou Solovki fazem
toda sua prática dessa forma. Se você tiver vontade de conhecer, agora ou em
outra ocasião, você pode executar sua própria regra de prece dessa maneira.
Antes disso, contudo, acostume-se a fazê-lo da maneira prescrita para você.
Talvez você não precisará de uma nova regra. De qualquer forma, estou lhe
enviando um rosário de preces.
Experimente!
Anote quanto tempo você leva nas preces matinais e noturnas, então sente-se e
recite suas preces curtas com o rosário e veja quantas voltas você deu no
rosário durante o tempo geralmente necessário para a prece. Faça com que seja
essa a medida para sua regra. Faça isto não durante seu horário de oração
habitual, mas em qualquer outro momento, embora fazendo-o com a mesma atenção.
A regra de oração é então conduzida desta maneira, levantando-se e fazendo-se
reverências.
Depois de ler
isto, não pense que eu vou te levar para um monastério. A primeira vez que ouvi
a respeito de rezar com um rosário, foi de um praticante leigo, não de um
monge. Muitas pessoas leigas ou monásticas rezam desta maneira. Deveria ser
adequado para você também. Quando você está recitando preces que você memorizou
e elas não te tocam, você pode, neste dia, rezar usando o rosário e fazer
preces decoradas num outro dia. Desta forma as coisas vão melhorar.
Repito que a
essência da prece é elevar a mente e o coração a Deus; estas pequenas regras
são uma ajuda. Nós não podemos progredir sem elas, em função da nossa fraqueza.
Que Deus te abençoe!
Oração De São Efrém, O Sírio
Esta oração deve
ser rezada durante toda a Quaresma, da 2a- a 6a-feira, no final das orações da
manhã e da noite. Esta oração é também rezada durante as missas da semana:
Senhor e Mestre
da minha vida,
afasta de mim o espírito de preguiça,
o espírito de dissipação, de domínio e de vã loquacidade.
afasta de mim o espírito de preguiça,
o espírito de dissipação, de domínio e de vã loquacidade.
(Prostração)
Concede a teu
servo o espírito de temperança,
de humildade, de paciência e de caridade.
de humildade, de paciência e de caridade.
(Prostração)
Sim, Senhor e
Rei,
concede-me que eu veja as minhas faltas
e que não julgue a meu irmão,
pois Tu és bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
concede-me que eu veja as minhas faltas
e que não julgue a meu irmão,
pois Tu és bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
(Prostração)
O Rosário» Ortodoxo - A oração de Jesus
Há um tipo de oração
privada, largamente usada no oriente desde o tempo da Contra-Reforma, que nunca
foi um aspecto da espiritualidade Ortodoxa - a "meditação" formal,
feita de acordo com um "método": o Inaciano, o Sulpiciano, o
Salesiano ou algum outro. Os ortodoxos são encorajados a ler a Bíblia ou os
Padres, vagarosa e reflexivamente, mas tal exercício, embora tido como
excelente no geral, não é considerado uma oração nem tem sido sistematizado nem
transformado em um "método". Cada qual é incentivado a ler da maneira
que achar mais conveniente.
Mas, embora os
ortodoxos não pratiquem meditação discursiva, há outro tipo de oração pessoal
que, por muitos séculos, tem exercido um papel extraordinariamente importante
na vida da "Ortodoxia": a Oração de Jesus - "Senhor Jesus
Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador".
Como às vezes é
dito que os ortodoxos não dão suficiente atenção à pessoa de Jesus Encarnado, é
válido sublinhar que essa - certamente a mais clássica de toda as orações
ortodoxas - é essencialmente uma oração cristocêntrica, uma oração endereçada
ao Senhor Jesus e centrada n'Ele. Àqueles que são criados na tradição da Oração
de Jesus jamais é permitido esquecer o Cristo Encarnado.
Para auxiliar na
recitação dessa oração, muitos ortodoxos usam um rosário, de estrutura um tanto
diferente daquela do rosário ocidental. O rosário ortodoxo é quase sempre feito
de lã, de forma que, diferentemente do cordão de esferas, não faz nenhum
barulho.
A Oração de Jesus
é uma oração de maravilhosa versatilidade. É uma oração para iniciantes, mas,
ao mesmo tempo, uma oração que leva aos mais profundos mistérios da vida
contemplativa. Pode ser usada por qualquer um, a qualquer momento, em qualquer
lugar: nas filas, andando, viajando de ônibus ou trem, no trabalho, quando não
se consegue dormir à noite ou em momentos de especial ansiedade, quando é
impossível concentrar em outros tipos de oração. Mas, enquanto todo cristão
pode, naturalmente, recitar a Oração de Jesus de forma ocasional, uma outra
história é recitá-la mais ou menos continuamente e fazer os exercícios físicos
associados a ela. Escritores espirituais ortodoxos insistem em dizer que
aqueles que usam sistematicamente a Oração de Jesus deveriam, se possível,
aconselhar-se com um diretor experiente e não deveriam fazer nada por
iniciativa própria.
Para alguns,
chega uma hora em que a Oração de Jesus "entra no coração", de
maneira que ela não é mais recitada por um esforço deliberado, mas
espontaneamente, continuando mesmo quando a pessoa fala ou escreve, presente
nos seus sonhos, acordando-a de manhã. Nas palavras de Santo Isaac, o Sírio: "Quando
o Espírito faz sua morada num homem, ele não cessa de rezar, porque o Espírito
vai rezar constantemente nele. Então, nem quando ele dorme, nem quando está
acordado, a oração será tirada de sua alma; mas, quando ele come e quando ele
bebe, quando ele se deita ou quando faz qualquer trabalho, mesmo quando está em
profundo sono, os perfumes da oração respirarão no seu coração
espontaneamente" (Tratados Místicos, editado por Wensinek, p. 174).
Os ortodoxos
acreditam que o poder de Deus está presente no Nome de Jesus, de forma que a
invocação de seu Divino Nome atua "como um sinal efetivo da ação de Deus,
como uma espécie de sacramento" (Un Moine de l'Église d'Orient, La Priére
de Jésus, Chevetogne, 1952, p. 87). "O Nome de Jesus, presente no coração
humano, comunica-lhe o poder de deificação... Brilhando através do coração, a
luz do Nome de Jesus ilumina todo o universo" (S. Bulgarov, The Ortodox
Church, pp 170-171).
Tanto aqueles que
a recitam continuamente quanto os que a recitam ocasionalmente têm, na Oração
de Jesus, uma grande fonte de segurança e júbilo. Citando o Peregrino: "E
é assim que eu ando agora e, incessantemente, repito a Oração de Jesus, que é
para mim mais doce e preciosa que qualquer outra coisa no mundo. Às vezes, eu
ando até 43 ou 44 milhas num dia e nem sinto que estou caminhando. Tenho
consciência apenas de estar recitando minha oração. Quando o frio intenso me
penetra, começo a recitar minha oração com mais intensidade e, rapidamente, me
aqueço todo. Quando a fome começa a me perturbar, chamo mais freqüentemente o
Nome de Jesus e esqueço minha vontade de comer.
Quando fico doente e o
reumatismo ataca minhas costas e pernas, eu fixo meus pensamentos na oração e
não sinto a dor. Se alguém me faz mal, tenho apenas que pensar: 'como é doce a
Oração de Jesus', e tanto o ferimento quanto a raiva passam e esqueço tudo...
Agradeço a Deus porque agora compreendo o significado destas palavras ouvidas
na epístola: 'rezai sem cessar' (1Tes 5, 17) (O Caminho do Peregrino, p 17-18
/The Way of the Pilgrim)".
Bispo Kallistos Ware
Kombuskini ou Cordão de Oração
A origem do Cordão de Oração é atribuída ao
tempo de fundação do monaquismo cenobítico. São Pacômio, o Grande (século IV),
foi quem o introduziu como uma maneira de ajudar os monges analfabetos a
cumprirem sua regra de oração diária, alcançando um certo número de orações e
prostrações. Desde então, o Cordão de Oração passou a ganhar popularidade no monaquismo
oriental, e tem sido de uso comum entre os cristãos. De acordo com a sua regra,
cada monge se obriga a cumpri um número fixo de prostrações, juntamente com a
Oração de Jesus - «Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, que
sou pecador».
Oração com
Kombuskini:
«Senhor, tem piedade de mim!»
«Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!»
«Senhor Jesus Cristo, pela intercessão do nossa Senhora, tem piedade de mim!»
«Senhor, tem piedade de mim!»
«Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!»
«Senhor Jesus Cristo, pela intercessão do nossa Senhora, tem piedade de mim!»
Esta oração deve
ser dita em cada um dos nós, quando se está rezando com o cordão.
Para intenções
especiais, substitui-se o seu próprio nome pelo nome da pessoa por quem se está
rezando. O mesmo se faz quando se está pedindo por uma pessoa já falecida.
«Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de N. ....» [nome da pessoa por quem se reza]
«Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de N. ....» [nome da pessoa por quem se reza]
Descrição do
Kombuskini:
O Kombuskini é
feito de pura lã para nos lembrar que Jesus é o cordeiro de Deus. É negro
para recordar o luto pelos nossos pecados, ou de cor vinho para nos lembrar do
sangue de nosso Senhor, ou ainda branco, que é a cor natural do cordeiro.
A Cruz nos
recorda Jesus, e serve como uma marca a cada 10, 25, 50 ou 100 nós.
O pendão (borla)
que existe em alguns Komboskinis, recorda-nos o consolo de nossas lágrimas.
Tipos de kombuskini:
Kombuskini para
utilização no pulso.
Kombuskini para
ter na cabeceira da cama.
Kombuskini para o
Iconostase.
Utilidade dos kombuskini:
A principal razão
pela qual se usa o Kombuskini é como auxílio em nossas orações a Deus.
A melhor hora
para fazermos nossas orações poderia ser a noite, antes de dormirmos, ou no
início da manhã, antes de irmos para o trabalho. Diz-se que, mesmo sem o
Kombuskini, nós podemos elevar a Deus as nossas orações, e é verdade. Porém,
frequentemente, somos tomados de tantas preocupações, tantos problemas que nos
esquecemos de dedicarmos um tempo para as nossas orações. É quando o Kombuskini
de punho pode nos ajudar, mesmo enquanto estamos no ônibus, ou no metrô,
enquanto caminhamos esperamos por alguém ou, simplesmente, quando estamos em
nossas casas, nos momentos reservados para a oração.
Com o cordão de
oração na mão, o monge recorda continuamente a sua tarefa principal: a de rezar
incessantemente, o que o apóstolo Paulo não exigiu apenas dos monges, mas de
todos os cristãos em geral (ITs 5:17). É por isso que um monge recentemente
tonsurado recebe imediatamente de seu abade um cordão de oração com a
exortação: «Aceita irmão N. ..., a espada espiritual que é a palavra Deus
em Jesus, o eterno. Reza, pois deves ter o nome do Senhor em tua alma, em teus
pensamentos, em teu coração, e diga sempre: «Senhor Jesus Cristo, Filho de
Deus, tem piedade de mim, que sou pecador».
Todos aqueles que
cuidam de sua salvação estão convidados a esta recordação incessante do Nome
salvador de Jesus, monges e as pessoas em geral.
FONTE:
Texto pesquisado
na Internet
Tradução do espanhol por Pe. André Sperandio
Tradução do espanhol por Pe. André Sperandio
Esinamento de Jesus, no Evangelho de São Mateus
"E quando rezardes, não sejais como os hipócritas que
gostam de fazer suas orações de pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem
vistos pelos homens. Em verdade , eu vos digo: já receberam a sua recompensa. Quanto a ti, quando quiseres orar, entra em teu quarto mais retirado, tranca a
tua porta , e dirige a tua oração ao teu Pai que está ali, no segredo. E teu
Pai , que vê no segredo, te retribuirá. Quando orardes, não multipliqueis
palavras como fazem os pagãos; eles imaginam que pelo muito falar se farão
atender. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe do que
precisais, antes que lho peçais. (Mt 6, 5-8)"
A Oração do Nome de Jesus
«Convém que
sejamos Cristo, Deus-Verbo.
Isto acontece quando vivemos na Igreja
e participamos de seus Santos Sacramentos.»
e participamos de seus Santos Sacramentos.»
A Igreja está significada nos Santos
Sacramentos, não como em símbolos, senão, como no coração estão significados os
membros, como na raiz de uma árvore seus ramos, segundo a expressão do Senhor,
como na vinha seus sarmentos.
Este fruto se
obtém pela repetição incessante do Nome de Jesus. A memorização da oração de
Jesus:
“Senhor Jesus
Cristo, filho de Deus, tem piedade de mim pecador”!
Sobretudo quando
esta oração está estreitamente ligada à Sagrada Comunhão. Nesta oração está
escondida a Teologia da nossa santa Igreja Ortodoxa. Por isso convém que
recordemos constantemente do dulcíssimo Nome de Jesus
.
A oração não é só
para os monges, é possível viver constantemente com ela; também nós que somos
pecadores, podemos dizê-la. Consagremos uma hora determinada a este fim.
Comecemos 10
minutos pela manhã e dez pela tarde, repetindo-a com toda tranqüilidade possível.
É muito importante consagrar um tempo, ainda que seja pouco, mas não deixar de
fazê-lo nunca. Com o tempo os momentos de oração aumentarão e a alma e os
lábios se tornarão doces...
Digamo-la então
enquanto caminhamos e antes de deitarmos, sempre que tenhamos tempo disponível.
O casal e a família em conjunto podem dizê-la juntos, pela manhã e pela tarde.
Um a pronuncia com voz tranqüila e serena e os demais a escutam. Muitos casais
e famílias têm adotado e tem visto milagres. Os que querem aprofundar e
progredir nela, necessitarão de um pai espiritual experiente.
A Oração do Coração
A
oração hesicástica, que leva ao descanso em que a alma habita com Deus,
é a oração do coração. Para nós que damos tanta importância à mente, aprender a
rezar com o coração e a partir dele tem importância especial. Os monges do
deserto nos mostram o caminho. Embora não exponham nenhuma teoria sobre a
oração, suas narrativas e seus conselhos concretos apresentam as pedras com as
quais os autores espirituais ortodoxos mais tardios construíram uma
espiritualidade magnífica. Os autores espirituais do monte Sinai, do monte Atos
e os startsi da Rússia oitocentista apóiam-se todos na tradição do deserto.
Encontramos a melhor formulação da oração do coração nas palavras do místico
russo Teófano, o Recluso: "Rezar é descer com a mente ao coração e ali
ficar diante da face do Senhor, onipresente, onividente dentro de nós". No
decorrer dos séculos, essa perspectiva da oração tem sido central no hesicasmo.
Rezar é ficar na presença de Deus com a mente no coração, isto é, naquele ponto
de nossa existência em que não há divisões nem distinções e onde somos
totalmente um. Ali habita o Espírito de Deus e ali acontece o grande encontro.
Ali, coração fala a coração, porque ali ficamos diante da face do Senhor,
onividente, dentro de nós. É bom saber que aqui a palavra "coração" é
usada em seu sentido bíblico pleno. em nosso meio, ela se tornou lugar-comum.
Refere-se à sede da vida sentimental. Expressões como "coração
partido" e "sentido no coração" mostram ser comum pensarmos no
coração como o lugar quente onde se localizam as emoções, em contraste com o
frio intelecto onde têm lugar nossos pensamentos. Mas, na tradição
judeu-cristã, a palavra "coração" refere-se à fonte de todas as
energias físicas, emocionais, intelectuais, volitivas e morais.
No coração, originam-se impulsos impenetráveis, além de
sentimentos, disposições e desejos conscientes. O coração também tem suas
razões e é o centro da percepção e do entendimento. Finalmente, ele é a sede da
vontade: faz planos e chega a uma boa decisão. Assim, é o órgão central e
unificador de nossa vida pessoal. Nosso coração determina nossa personalidade e
é, portanto, não só o lugar onde Deus habita mas também o lugar ao qual Satanás
dirige seus ataques mais ferozes. Esse coração é o lugar da oração. A oração do
coração dirige-se a Deus a partir do centro da pessoa e, assim, afeta toda a
nossa compaixão.
(...)
Assim, a oração do coração é a oração da verdade. Desmascara
as muitas ilusões sobre nós mesmos e sobre Deus e nos conduz ao verdadeiro
relacionamento do pecador com o Deus misericordioso. Essa verdade é o que nos
dá o "descanso" do hesicasta. Quando ela se abriga em nosso coração,
somos menos distraídos por pensamentos mundanos e nos voltamos mais
sinceramente para o Senhor de nossos corações e do universo. Assim, as palavras
de Jesus: "Felizes os corações puros: eles verão a Deus" (Mt 5,8) tornam-se
reais em nossa oração. As tentações e as lutas continuam até o fim de nossas
vidas, mas com um coração puro ficamos tranqüilos, mesmo em meio a uma
existência agitada.
(...)
Isso levanta o problema de como praticar a oração do coração
em um ministério bastante agitado. É a essa questão de disciplina para a qual
precisamos agora voltar a atenção.
(...)
Oração e Ministério
Como nós, que não somos monges nem vivemos no deserto,
praticamos a oração do coração? Como ela influencia nosso ministério cotidiano?
A resposta a essa pergunta está na formulação de uma
disciplina definitiva, uma regra de oração. As características da oração do
coração que nos ajudam a formular essa disciplina:
A oração do coração alimenta-se de orações breves e simples.
A oração do coração é incessante.
A oração do coração inclui tudo.
Alimenta-se de Orações Breves
(...)
Vimos como a oração
do coração se nutre de orações breves, é incessante e inclui tudo. Essas
três características mostram como a oração do coração é o alento da vida
espiritual e de todo o ministério. Na verdade, essa oração não é apenas uma
atividade importante, mas o próprio centro da nova vida que queremos
representar e na qual queremos iniciar nosso povo. As características da oração
do coração deixam claro que ela exige uma disciplina pessoal. Para levar uma
vida de oração não podemos passar sem orações específicas. Precisamos dizê-las
de uma forma que nos ajude a ouvir melhor o Espírito que reza em nós.
Precisamos continuar a incluir em nossa oração todas as pessoas com as quais e
para as quais vivemos e trabalhamos. Essa disciplina vai nos ajudar a passar de
um ministério entontecedor, fragmentário e muitas vezes frustrante para um
ministério integrador, holístico e muito gratificante. Ela não vai facilitar o
ministério, mas simplificá-lo; não vai torná-lo doce e piedoso, mas sim
espiritual; não vai fazê-lo indolor e sem lutas, mas tranqüilo no verdadeiro
sentido hesicástico."
Fonte: "A Espiritualidade do Deserto e o Ministério
Contemporâneo - O Caminho do Coração" - por Henri J. M. Nouwen
sábado, fevereiro 09, 2013
Oração na Colina de Taizé
Três vezes por
dia, tudo para na colina de Taizé: o trabalho, os estudos bíblicos, os
intercâmbios. Os sinos chamam à igreja para rezar. Centenas, por vezes milhares
de jovens de países muito diversos através do mundo, rezam e cantam com os
irmãos da Comunidade. A Bíblia é lida em várias línguas. No centro de cada
oração comunitária, um longo tempo de silêncio é um momento único de encontro
com Deus.
Silêncio e oração
Se nos deixarmos
guiar pelo mais antigo livro de oração, os Salmos bíblicos, nós encontramos aí
duas formas principais de oração: por um lado o lamento e o pedido de socorro,
por outro o agradecimento e o louvor. De forma mais oculta, há um terceiro tipo
de oração, sem súplicas nem louvor explícito. O Salmo 131, por exemplo, não é
senão calma e confiança: «Estou sossegado e tranquilo… Espera no Senhor, desde
agora e para sempre!»
Por vezes a
oração cala-se, pois uma comunhão tranquila com Deus pode abster-se de
palavras. «Estou sossegado e tranquilo, como uma criança saciada ao colo da
mãe; a minha alma é como uma criança saciada.» Como uma criança saciada que
parou de gritar, junto da sua mãe, assim pode estar a minha alma na presença de
Deus. Então a oração não precisa de palavras, nem mesmo de reflexões.
Como chegar ao silêncio
interior? Por vezes calamo-nos, mas, por dentro, discutimos muito,
confrontando-nos com interlocutores imaginários ou lutando conosco mesmos.
Manter a sua alma em paz pressupõe uma espécie de simplicidade: «Já não corro
atrás de grandezas, ou de coisas fora do meu alcance.» Fazer silêncio é
reconhecer que as minhas inquietações não têm muito poder. Fazer silêncio é
confiar a Deus o que está fora do meu alcance e das minhas capacidades. Um
momento de silêncio, mesmo muito breve, é como um repouso sabático, uma santa
pausa, uma trégua da inquietação.
A agitação dos
nossos pensamentos pode ser comparada com a tempestade que sacudiu o barco dos
discípulos, no Mar da Galileia, enquanto Jesus dormia. Também nos acontece
estarmos perdidos, angustiados, incapazes de nos apaziguarmos a nós mesmos. Mas
Cristo também é capaz de vir em nosso auxílio. Da mesma forma que falou
imperiosamente ao vento e ao mar e que «se fez grande calma», ele pode
igualmente acalmar o nosso coração quando está agitado pelo medo e pelas
inquietações (Marcos 4).
Fazendo silêncio,
pomos a nossa esperança em Deus. Um salmo sugere que o silêncio é mesmo uma
forma de louvor. Nós lemos habitualmente o primeiro verso do Salmo 65: « A ti,
ó Deus, é devido o louvor ». Esta tradução segue a versão grega, mas na verdade
o texto hebreu diz: «Para Vós, ó Deus, o silêncio é louvor». Quando cessam as
palavras e os pensamentos, Deus é louvado no enlevo silencioso e na admiração.
A Palavra de Deus: trovão e silêncio
No Sinai, Deus
falou a Moisés e aos Israelitas. Trovões, relâmpagos e um som de trompa cada
vez mais forte, precediam e acompanhavam a Palavra de Deus (Êxodo 19). Séculos
mais tarde, o profeta Elias volta à mesma montanha de Deus. Ali revive a
experiência dos seus antepassados: tempestade, tremores de terra e fogo, e ele
prontifica-se a escutar Deus falando-lhe no trovão. Mas o Senhor não está nos
fenómenos tradicionais do seu poder. Quando o grande barulho pára, Elias ouve
«o murmúrio de uma brisa suava», e então Deus fala-lhe (1 Reis 19).
Deus fala com voz
forte ou numa brisa de silêncio? Temos de tomar como modelo o povo reunido ao
pé do Sinai ou o profeta Elias? Provavelmente isto é uma falsa alternativa. Os
fenómenos terríveis que acompanham o dom dos dez mandamentos sublinham a sua importância.
Guardar os mandamentos ou rejeitá-los é uma questão de vida ou de morte. Quem
vê uma criança correr em direção a um carro que passa, tem muitas razões para
gritar tão alto quanto consiga. Em situações análogas, os profetas anunciaram a
palavra de Deus de forma a fazer zumbir as orelhas.
Palavras ditas
com voz forte fazem-se ouvir,
impressionam. Mas sabemos bem que elas quase não tocam os corações. Em lugar de
acolhimento, elas encontram resistência. A experiência de Elias mostra que Deus
não quer impressionar, mas ser compreendido e acolhido. Deus escolheu «o
murmúrio de uma brisa suave» para falar. É um paradoxo:
Deus é silencioso e no entanto fala
Quando a palavra
de Deus se faz «o murmúrio de uma brisa suave», ela é mais eficaz do que nunca
para transformar os nossos corações. A tempestade do monte Sinai abria fendas
nos rochedos, mas a palavra silenciosa de Deus é capaz de quebrar os corações
de pedra. Para o próprio Elias, o silêncio súbito era provavelmente mais
temível do que a tempestade e o trovão. As poderosas manifestações de Deus
eram-lhe, em certo sentido, familiares. É o silêncio de Deus que desconcerta,
porque é muito diferente de tudo o que Elias conhecia até então.
O silêncio
prepara-nos para um novo encontro com Deus. No silêncio, a palavra de Deus pode
atingir os recantos escondidos dos nossos corações. No silêncio, ela revela-se
«mais penetrante do que uma espada de dois gumes, penetra até à divisão da alma
e do corpo» (Hebreus 4,12). Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante
de Deus, e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar aquilo de
que temos vergonha.
Silêncio e amor
Cristo diz: «É
este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei» (João
15,12). Precisamos de silêncio para acolher estas palavras e pô-las em prática.
Quando estamos agitados e inquietos, temos tantos argumentos e razões para não
perdoar e para não amar facilmente. Mas quando temos «a nossa alma em paz e
silêncio», estas razões desaparecem. Talvez por vezes evitemos o silêncio,
preferindo-lhe qualquer barulho, palavras ou distrações quaisquer que elas
sejam, porque a paz interior é uma questão arriscada: torna-nos vazios e
pobres, dissolve a amargura e as revoltas e leva-nos ao dom de nós mesmos.
Silenciosos e pobres, os nossos corações são conquistados pelo Espírito Santo,
cheios de um amor incondicional. De forma humilde mas certa, o silêncio leva a
amar.
Oração do Silêncio
todas as vozes do mundo...
Porque tudo me fala...
Mesmo aquilo que não vejo
e até desconheço...
Cala em mim, Senhor,
as vozes do orgulho e da soberba,
pecados horrendos que deformam as almas...
Cala em mim as vozes da imaginação fútil
e dos pensamentos vãos...
Cala, Senhor,
as vozes da ilusão e da solidão...
As vozes da impureza e das incertezas
e as outras vozes que não fazem sentido...
Porque só servem às acusações e castigo
para a culpabilidade que é tanta...
Por isso, peço-te, ó Senhor,
do mais profundo silêncio de minha alma...
Fale-me a voz do teu perdão...
que me traz absolvição
e a graça que me refaz...
Fale-me a voz de tua paz...
que pacifica todo o meu ser,
fazendo-me viver
sem confusão alguma...
Por fim, fale em mim, Senhor,
A voz do teu Silêncio Sagrado...
Que é ternura de um Deus apaixonado
Que nos livra da morte e do pecado
Sacrificando-se pela nossa salvação...
Ah! Senhor!
Abre os ouvidos de nossas almas
como abristes o entendimento
dos discípulos de Emaús...
E faz com que vivamos em tal sintonia
com a harmonia do teu Silêncio...
que tenhamos o mesmo entendimento
da Vontade do Pai para a nossa vida,
como tiveste ao carregar
e morrer naquela cruz...
Senhor,
que aprendamos com o Silêncio de Maria,
a tua e nossa Santa Mãe, a silenciar também...
Ela, que Te guardava em seu coração...
Soube acolher com devoção
a vontade silenciosa do Pai...
que por Ti nos deu a Verdadeira Paz...
Definitivamente...
O Slêncio é a Oração
Se você for ao
templo e sua oração se tornar um desejo, ela jamais será ouvida, pois uma
oração só é possível quando o desejo não estiver presente. Um desejo jamais
pode se tornar uma oração. Se você pedir algo, você perderá; não estará orando.
E Deus sabe quais são suas necessidades.
Havia um santo Sufi, Bayazid, que costumava dizer sempre: "Deus sabe do que preciso, por isso nunca orei — porque é tolice! O que dizer a Ele? Ele já sabe. Se eu digo algo que Ele já sabe, é tolice. Se tento achar algo que Ele não sabe, também é tolice. Como é que você pode pensar uma coisa dessas? Por isso, simplesmente nunca me preocupei. Tudo que preciso, Ele sempre me dá".
Mas, naquela época, ele era muito pobre, faminto, rejeitado na cidade por onde passava. Ninguém estava disposto a lhe dar um abrigo para a noite. E a noite estava escura e ele estava sentado sob uma árvore; fora da cidade era perigoso.
E um discípulo disse: "O que dizer dessa situação? Se Ele sabe que Seu amado Bayazid está em tal apuro — que a cidade o rejeitou, que está com fome e sem comida, sentado sob uma árvore, com animais selvagens à volta, sem poder dormir — de que tipo de Deus você está falando, que sabe de tudo que você necessita?"
Bayazid sorriu e respondeu: "Ele já sabe que é isto o que preciso neste momento. Esta é a minha necessidade! De outra forma, como? — porque eu deveria estar assim? Deus sabe quando você necessita da pobreza", disse Bayazid, "e quando você necessita da riqueza. E Deus sabe quando você precisa jejuar e quando você precisa participar de um banquete. Ele sabe! E esta é minha necessidade neste exato momento".
Você não pode pedir. Se o fizer, não lhe será concedido. No próprio pedir, você prova que não é capaz de recebê-lo.
A oração deveria ser silenciosa. O silêncio é a oração. Quando as palavras chegam, os desejos imediatamente as sucedem — porque as palavras são o veículo do desejo. No silêncio, como você pode desejar? Já tentou? No silêncio você pode desejar alguma coisa?
Como pode desejar, estando em silêncio? A linguagem será necessária, todas as linguagens pertencem ao reino do desejo. Daí a insistência, de todos os que sabem, a respeito de permanecer em silêncio, porque somente quando não há palavras na sua mente é que o desejo cessa; de outro modo, o desejo estará escondido atrás de cada palavra.
Havia um santo Sufi, Bayazid, que costumava dizer sempre: "Deus sabe do que preciso, por isso nunca orei — porque é tolice! O que dizer a Ele? Ele já sabe. Se eu digo algo que Ele já sabe, é tolice. Se tento achar algo que Ele não sabe, também é tolice. Como é que você pode pensar uma coisa dessas? Por isso, simplesmente nunca me preocupei. Tudo que preciso, Ele sempre me dá".
Mas, naquela época, ele era muito pobre, faminto, rejeitado na cidade por onde passava. Ninguém estava disposto a lhe dar um abrigo para a noite. E a noite estava escura e ele estava sentado sob uma árvore; fora da cidade era perigoso.
E um discípulo disse: "O que dizer dessa situação? Se Ele sabe que Seu amado Bayazid está em tal apuro — que a cidade o rejeitou, que está com fome e sem comida, sentado sob uma árvore, com animais selvagens à volta, sem poder dormir — de que tipo de Deus você está falando, que sabe de tudo que você necessita?"
Bayazid sorriu e respondeu: "Ele já sabe que é isto o que preciso neste momento. Esta é a minha necessidade! De outra forma, como? — porque eu deveria estar assim? Deus sabe quando você necessita da pobreza", disse Bayazid, "e quando você necessita da riqueza. E Deus sabe quando você precisa jejuar e quando você precisa participar de um banquete. Ele sabe! E esta é minha necessidade neste exato momento".
Você não pode pedir. Se o fizer, não lhe será concedido. No próprio pedir, você prova que não é capaz de recebê-lo.
A oração deveria ser silenciosa. O silêncio é a oração. Quando as palavras chegam, os desejos imediatamente as sucedem — porque as palavras são o veículo do desejo. No silêncio, como você pode desejar? Já tentou? No silêncio você pode desejar alguma coisa?
Como pode desejar, estando em silêncio? A linguagem será necessária, todas as linguagens pertencem ao reino do desejo. Daí a insistência, de todos os que sabem, a respeito de permanecer em silêncio, porque somente quando não há palavras na sua mente é que o desejo cessa; de outro modo, o desejo estará escondido atrás de cada palavra.
Osho, em
"Antes que Você Morra"
A Oração do Perdão
Faça esta oração
à noite, antes de dormir, para seu inconsciente absorvê-la totalmente.
Atenção: Visualize o rosto da pessoa que você precisa perdoar, ou ser perdoado(a) por ela, e diga cada palavra, do fundo do coração, chamando-o(a) pelo nome.
"Eu perdoo você... por favor, me perdoe...
Você nunca teve culpa...
Eu também nunca tive culpa...
Eu perdoo você... me perdoe, por favor.
A vida nos ensina através das discórdias...
e eu aprendi a lhe amar e a deixá-lo(a) ir de minha mente.
Você precisa viver suas próprias lições e eu também.
Eu perdoo você... me perdoe em nome de Deus.
Agora, vá ser feliz, para que eu seja também.
Que Deus te proteja e perdoe os nossos mundos.
As mágoas desapareceram de meu coração e só há Luz e Paz em minha vida.
Quero você alegre, sorrindo, onde quer que você esteja...
É tão bom soltar, parar de resistir e deixar fluir novos sentimentos!
Eu perdoei você do fundo de minha alma, porque sei que você nunca fez nada por mal e sim porque acreditou que era a melhor maneira de ser feliz...
... me perdoe por ter nutrido ódio e mágoa por tanto tempo em meu coração. Eu não sabia como era bom perdoar e soltar; eu não sabia como era bom deixar ir o que nunca me pertenceu.
Agora sei que só podemos ser felizes quando soltamos as vidas, para que sigam seus próprios sonhos e seus próprios erros.
Não quero mais controlar nada, nem ninguém. Por isso, peço que me perdoe e me solte também, para que seu coração se encha de amor, assim como o meu.
Muito obrigada!"
Mensagem inspirada por Cristina Cairo, num momento de perdão.
O Que é Oração? - Ato de falar com Deus.
Oração é,
basicamente, o ato de falar com Deus. É expressar o que vai no coração e
passar algum tempo com Deus. Não é uma atividade em que não há interação —
Deus fala, nós ouvimos; nós falamos e Deus ouve o que o nosso coração tem a
dizer.
A oração pode
ser algo estimulante, poderoso e agradável. O enfoque aqui será maior em intercessão,
mas o intuito é dar também uma visão geral de outros tipos de oração.
Tipos de oração:
Agradecimento
Petição Persuasão
Intercessão
Agradecimento –
é a oração na qual se agradece a Deus por todas as coisas na sua vida.
Devemos dar graças em todas as circunstâncias, agradecendo pela proteção, a
provisão, a bênção de Deus e, sobretudo, pelo Seu Filho.
Petição – quando pedimos a Deus aquilo que necessitamos nas nossas vidas: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Dá-nos o que é preciso para sobreviver: um teto sobre as nossas cabeças, um emprego, etc. As petições são, geralmente, em benefício próprio, apresentando ao nosso Pai celeste as nossas necessidades, na certeza de que Ele proverá. Persuasão – oração insistente e cheia de fervor que é feita até que uma reviravolta aconteça, seja na sua vida pessoal, seja na vida de outra pessoa (intercessão). Exemplo: fé para uma cura emocional ou física. Exemplo bíblico: Lucas 19:1 a 8 (NVI). Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse consigo mesmo: ‘Embora eu não me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; tomarei providências para que ela receba justiça e não venha me importunar’.” E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não concederá justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: ele tomará providências para que eles obtenham justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?” Intercessão – é o amor de joelhos, em oração pelos outros. É uma súplica em favor de uma outra pessoa, na qual nos colocamos no lugar, isto é, fazendo orações de confissão, etc., identificando-nos com os pecados daquela pessoa por quem oramos. |
Fonte: pesquisas.org.br/oracao/o-que-e-oracao
Oração de Agradecimento.
Senhor meu DEUS e
meu Pai eu te Agradeço
por tudo o que tens feito em minha vida:
pela alegria de viver, por minha família,
pelos meus amigos, pelo ar que respiro,
pelos dons que me deste, pelos relacionamentos
que possibilitam que eu cresça a cada dia,
pela alegria de viver, por minha família,
pelos meus amigos, pelo ar que respiro,
pelos dons que me deste, pelos relacionamentos
que possibilitam que eu cresça a cada dia,
Por tudo.
Obrigado, PAI, pelas oportunidades que me tens dado
de testemunhar o Amor com que amas
a mim e a todas as pessoas.
Obrigado PAI, por Teu perdão e
por dar-me uma vida plena e abundante.
Senhor, a Ti,
que és o Criador de tudo
o que sou e o que possuo,
dedico a minha vida,
clamando para que eu veja e faça
Obrigado, PAI, pelas oportunidades que me tens dado
de testemunhar o Amor com que amas
a mim e a todas as pessoas.
Obrigado PAI, por Teu perdão e
por dar-me uma vida plena e abundante.
Senhor, a Ti,
que és o Criador de tudo
o que sou e o que possuo,
dedico a minha vida,
clamando para que eu veja e faça
sempre a TUA
VONTADE, e que minhas
obras Honrem e
Glorifiquem o Teu nome.
Amém!
O Que é Oração? - Linha direta com o céu.
O Que é Oração? – Falando com Deus
O que é oração? A oração é a nossa linha direta com o céu. A oração é um processo de comunicação que nos permite falar com Deus! Ele quer que nos comuniquemos com Ele, assim como uma ligação telefônica entre duas pessoas.
Para muitos, a oração parece ser algo complicado, mas é simplesmente falar com Deus. Aqui estão alguns pontos sobre o que a oração é:
O Que é Oração? –
As Logísticas
Muitas pessoas querem saber mais sobre a oração porque têm o desejo de orar, mas não sabem como. Considere as dicas a seguir:
O que devo
dizer? Orar é como falar com o seu
melhor amigo! É fácil falar com alguém quando você sabe que essa pessoa o
ama incondicionalmente!
Peça a Jesus que
perdoe os seus pecados e faça de você uma nova criatura nEle! “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados“ (Atos 3:19).
Diga a Ele sobre
suas necessidades! “...lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidado de vós“ (1 Pedro 5:7).
Agradeça a Ele
por ter morrido na cruz do Calvário por nós! “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Como posso me
expressar? Veja a seguir como aprendi a me aproximar do Salvador da minha
vida.
Com confiança e
certeza de que Ele vai libertar: “pelo qual temos ousadia e acesso com
confiança, mediante a fé nele” (Efésios 3:12).
“Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
Com alegria por
saber que Ele pode libertar. “Fizeste-me conhecer os caminhos da vida,
encher-me-ás de alegria na tua presença” (Atos 2:28).
Com a expectativa
por saber que Ele vai libertar. “De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã
te apresento a minha oração e fico esperando” (Salmo 5:3)
“Eu te invoco, ó
Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras”
(Salmo 17:6).
O Que é Oração? –
O que a Bíblia diz?
Ore uns pelos outros. Jesus nos deu um exemplo de como orar. Ele orou por Seus discípulos e por todas as gerações que iriam segui-lo. Sua oração era para que Deus os protegesse e fortalecesse enquanto estivessem neste mundo. Jesus também orou por aqueles que viriam a crer n’Ele através da mensagem do Evangelho (João 17).
Ore com fé. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
Ore com louvor e reverência. “Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés, porque ele é santo!” (Salmo 99:5). “Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou” (João 9:38).
Você pode ter certeza de que Deus o ouve quando você ora, então abra essa linha de comunicação! Ore, sabendo que não importa onde você esteja, a sua conexão com Ele nunca pode cair!
Oração para pedir bondade
Senhor, viemos pedir-te a paz, a sabedoria e a
bondade.
Queremos olhar o mundo com os olhos cheios de
amor.
Queremos ser pacientes e compassivos.
Queremos ver teus filhos como tu mesmo os vês.
E por isto, queremos ver o bem em todos.
Senhor, fecha nossos olhos a toda maldade.
Guarda a nossa língua de toda calúnia.
Que nossas palavras sejam só de bençãos.
Que sejamos tão bondosos e alegres que todos os que se aproximarem de nós sintam a tua presença.
Reveste-nos de tua beleza Senhor, e que, no decurso deste dia, nós te revelemos a todos os nossos irmãos.
Amém.
Queremos ser pacientes e compassivos.
Queremos ver teus filhos como tu mesmo os vês.
E por isto, queremos ver o bem em todos.
Senhor, fecha nossos olhos a toda maldade.
Guarda a nossa língua de toda calúnia.
Que nossas palavras sejam só de bençãos.
Que sejamos tão bondosos e alegres que todos os que se aproximarem de nós sintam a tua presença.
Reveste-nos de tua beleza Senhor, e que, no decurso deste dia, nós te revelemos a todos os nossos irmãos.
Amém.
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